sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A dança é a linguagem oculta da alma




um resquício do passado, isso que ele era.

uma lembrança não vivida para ser lembrada.

tudo havia ficado na sombra do quase, o quase que nunca se concretizou.

algumas fotos, sons de vozes longínquos e desencontros acima de tudo.

o tempo se encarregou de cobrir a imagem que nunca se formou.

como uma caixa que se enche de areia carregada pelo vento.

o tempo presente se fez vivo e o ritmo dos encontros de fez presente.

olhares felizes e sorrisos cheios de dentes começaram a encher os espaços.

espaços espaçosos que começaram a ficar apertados.

os olhos se notaram, e assim todo o resto,

por mais que não se percebessem tanto, a sua volta.

a angustia tomou seu posto e apertou os corações mais desavisados.

mas ficou pouco, e pouco foi o tempo para se perceber o que se queria ali.

e o ali virou aqui.

e aqui também era acolá, acolá, acolé, e por aí ia

ia, vai, vai ...

e a frase do vinicius enche a sala gritando aos que não enxergam colorido

que a vida continua sendo a arte do encontro

embora haja tanto desencontro pela vida.

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