um resquício do passado, isso que ele era.
uma lembrança não vivida para ser lembrada.
tudo havia ficado na sombra do quase, o quase que nunca se concretizou.
algumas fotos, sons de vozes longínquos e desencontros acima de tudo.
o tempo se encarregou de cobrir a imagem que nunca se formou.
como uma caixa que se enche de areia carregada pelo vento.
o tempo presente se fez vivo e o ritmo dos encontros de fez presente.
olhares felizes e sorrisos cheios de dentes começaram a encher os espaços.
espaços espaçosos que começaram a ficar apertados.
os olhos se notaram, e assim todo o resto,
por mais que não se percebessem tanto, a sua volta.
a angustia tomou seu posto e apertou os corações mais desavisados.
mas ficou pouco, e pouco foi o tempo para se perceber o que se queria ali.
e o ali virou aqui.
e aqui também era acolá, acolá, acolé, e por aí ia
ia, vai, vai ...
e a frase do vinicius enche a sala gritando aos que não enxergam colorido
que a vida continua sendo a arte do encontro
embora haja tanto desencontro pela vida.

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